Podemos dizer que existe, entre a poética da criança e os modos de fazer da arte contemporânea uma semelhança de temáticas e de procedimentos que permitem uma conexão entre as experiências das crianças e os modos de fazer arte, que muitos artistas contemporâneos trazem em seus trabalhos.

Posto isto, consideramos que o planeamento de instalações para o brincar, inspiradas na arte contemporânea, possibilitam uma relação afetiva entre a brincadeira e a obra e se convertem num vínculo cultural para as crianças, em usufruto de risos, de deslumbramentos, de liberdade, de interações, de encontros…

As crianças protagonizam a gestão do jogo, fazem parte do corpo da obra, em momentos de negociação, articulando e dando significado ao brincar: respeito, diálogo, integração, colaboração e sentido de pertença por uma vida institucional a ser vivida e não desperdiçada. Movimentos que não se ensinam ou aprendem, mas experienciam nas relações da vida e arte.

A Arte Contemporânea é aqui a principal referência para guiar o pensamento pedagógico tendo em vista os modos de apropriação e ressignificação dos objetos.

Neste workshop podemos observar e experienciar Instalações inspiradas na exposição de Kimsooja “uma mulher no espelho”, na obra “o divisor”de Lygia Pape em que o tecidos se tornam em potencializadores de encontros, labirintos da infância, onde as crianças tecem experiências  inesquecíveis num pensamento complexo de diversão, convívio exploração…

Podemos apreciar as Instalações de patinagem artística no gelo; Instalações com provocações com latas e pneus; A artista Mireya Baglietto e seus espelhos; Caixas e bacias enquanto provocações para o imaginário; Tiras verticais Inspiradas na obra de Jacob Dahlgren como incentivo para o jogo misterioso;  Instalações brincantes inspiradas na obra de Ana Soler  “Flywaterbags” e Irina Romen “ Só mais um barco”  e muitas outras. experiências estéticas que fecundam a nossa existência, nas quais construímos sentidos para vida.

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